terça-feira, 2 de outubro de 2012

PROFISSIONAIS LIBERAIS NO SUPERSIMPLES


 A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, pedindo a extensão dos benefícios fiscais do Supersimples a todas as categorias de profissões liberais brasileiras, com base no teto de faturamento anual estabelecido para se optar por esse regime tributário reduzido, que é de R$ 360 mil para microempresas e até R$ 3,6 milhões para pequenas empresas.


A inclusão de novas categorias no Super Simples é uma das bandeiras de lutas que serão defendidas pela Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa depois das eleições no Congresso. "O Supersimples tem que levar em conta o faturamento da empresa!", afirma o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), que preside a Frente.

O presidente da CNPL, Francisco Antonio Feijó, aponta que algumas profissões regulamentadas, a exemplo de contadores, engenheiros e arquitetos já foram incluídos no Supersimples. Por isso, considera discriminatório e inconstitucional a exclusão das demais categorias profissionais com o mesmo nível de faturamento.

"Da forma como se encontra, a Lei Complementar 123 de 2006 [a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa] escancarou a inconstitucionalidade da discriminação", reclamou o advogado, defendendo a inclusão da própria categoria no Supersimples, além de economistas, administradores de empresas, médicos e outros.
Vedação

A ação foi ajuizada no STF no dia 24 de setembro, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federa para questionar o inciso XI, do artigo 17, da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.

A norma impede o ingresso no regime tributário à microempresa ou empresa de pequeno porte "que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios".

A Confederação pede a extensão dos benefícios fiscais do Supersimples a todas as categorias de profissões liberais brasileiras, cujo Faturamento mínimo se enquadre nas exigências do regime tributário, como por exemplo advogados, economistas, administradores de empresas, médicos e outros.

O presidente da CNPL, Francisco Antonio Feijó, argumenta que algumas profissões regulamentadas, como contadores, corretores de imóveis e engenheiros e arquitetos já foram incluídos no Supersimples, e não vê razão para a exclusão das demais categorias profissionais que atuam nos mesmos patamares.

No mesmo tom, o advogado da CNPL, Amadeu Garrido de Paula, disse que a inclusão de três profissões regulamentadas, submetidas a estatuto rigorosamente igual às demais e a exclusão das outras, fere o principio da razoabilidade e da igualdade, conforme previsto na Constituição Federal.
"Da forma como se encontra, a Lei Complementar 123 de 2006 escancarou a inconstitucionalidade da discriminação".

A Confederação Nacional das Profissões Liberais representa atualmente 27 federações, mais de 600 sindicatos, e 51 profissões, que agregam e fazem a defesa de mais de 10 milhões de profissionais liberais em todo o País.

Propostas legislativas

Durante o XII Congresso Estadual de Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco, realizado na semana passada, o deputado Pedro Eugênio (PT-PE) anunciou que a Frente irá apresentar, ainda este ano, duas propostas para corrigir distorções e criar um novo cenário para os micro e pequenos empresários no País.
Entre as propostas que constam para a revisão da Lei Geral está a inclusão de novas categorias, de preferência estipulando o faturamento das empresas como requisito básico para que se efetive a concessão de benefícios.

Outros itens também estão sendo discutidos, entre os quais mais incentivos às exportações e a imediata redução dos custos que o empreendedor arca para conseguir a abertura de micro e pequenas empresas (MEP), também foram incluídas a emissão de notas fiscais de microempreendedor individual (MEI) através da Internet, redução de multas, aumento do valor mantido atualmente como teto das licitações, criação de programas de apoio, ajuste na tabela de tributação das novas categorias e extensão de benefícios das MPEs a produtores rurais e agricultores familiares rurais.

Pedro Eugênio disse que a Frente trabalha para contornar os efeitos negativos da substituição tributária, que cobra antecipadamente da indústria em relação ao ICMS.

Em reuniões com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) estão sendo discutidas medidas para a elaboração de um projeto de lei que trate de mudanças na arrecadação de impostos

Fonte:http://www.dci.com.br/legislacao/acao-solicita-ao-stf-a-inclusao-dos-profissionais-liberais--id313814.html

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